“PSI é uma série dramática com toques cômicos […] que narra as aventuras de Carlo Antonini, um psiquiatra / psicólogo / psicanalista medianamente patológico e muito intervencionista, tanto dentro como fora do consultório. […] A série não só dramatiza a solução diagnóstica e clínica dos casos, mas coloca em questão temas existenciais do mundo moderno. […]”.
Com essa sinopse, a HBO está se aventurando a sair do convencional e colocar a psicanálise em um lugar que pouco vejo na televisão.
Se a série cumprir o que promete, sentaremos na frente da televisão (ou do computador) e não estaremos diante de mais um série com doenças mirabolantes ou pessoas com problemas cabeludos, para os quais a solução se encontra nas interpretações fantásticas de um psicanalista. Veremos uma série sobre pessoas, sobre singularidades e sobre, nas palavras do próprio criador Contardo Calligaris, “o fato de que a normalidade é a patologia mais grave”.
Mais do que isso, estaremos diante do psicanalista que não sabe.
Palavras do próprio ator, Emilio de Mello, que interpreta o protagonista da série, Carlo Antonini, em reportagem no Estadão de hoje.
Só com essa fala, a série já me ganhou.
Acredito que essa outra visão da psicanálise dentro de uma série contribui muito para que estigmas sejam superados. Afinal, programas que colocam o psicanalista como o detentor do saber – como aquele que vai dar a resposta para todas as perguntas e apaziguar a angústia do espectador – já existem aos montes.
As outras produções da HBO, como Mad Men, Boardwalk Empire, Game of Thrones, são todas muito bem feitas, e não vejo porque com PSI seria diferente.
Estreia hoje, com dois episódios seguidos, a partir das 21h, na HBO.
Eu me comprometi a acompanhar a série.
E se vocês também entrarem nessa, bom divertimento esta noite.
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